quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Reciprocidade está na forma de olhar. Não precisa ser dito; a gente logo vê!

Hoje vi uma mensagem em uma rede social que dizia assim: "não tenha consideração por quem não considera você", e dentre os comentários, alguns me deixaram bem preocupada com a quantidade de pessoas tentando entender por quê foram magoadas. É como se elas não parassem pra pensar que certamente ja magoaram alguém, e que raras, ou nenhuma das vezes, isso ocorreu deliberadamente; por prazer em fazê-lo. Ninguém escolhe não corresponder às expectativas de alguém,  sejam elas quais forem. O melhor é não procurar explicação. Entender o porquê não fará doer menos.
Eu que me recuso a me fechar pro amor, pro carinho,  pro querer bem alguém só porque já fui magoada ou magoei.  O mundo é tão mais que isso! A vida é mais que isso.
Acredito que seja preciso abrir os braços pra ela e, assim sendo, abraça-la com todas as mágoas que ela vier a trazer.  Pessoas são passíveis de erros, e se os sentimentos forem fortes o suficiente vão passar por isso. Se não sobrevive, podemos encarar como algo que veio e que não era pra ficar. Tinha prazo. Não é culpa de ninguém,  fica por conta do desencontro. Do acaso.
Poucos são os verdadeiros. E a gente aprende a reconhece-los com o tempo,  entre um desentendimento e outro,  e as risadas que vem ao relembrar os motivos, a essa altura tão bobos e efêmeros.
Dos verdadeiros vêm a cura para as tristezas que vez ou outra temos que enfrentar; os que nos amam e a quem amamos não nos pressionam,  não nos diminuem,  não nos faz sentirmos descartáveis,  ao contrário,  nos mostram sempre,  mesmo que em detalhes pequenos,  o quanto somos importantes e como nossa presença é desejada. No caso de falta desses sinais, siga em frente pra viver outros amores, outras amizades. A palavra de ordem é reciprocidade. Sempre!

quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Dos amores que deixam mais que saudades. Deixam marcas.

E aquele amor que chega de repente? Que nos invade a casa, a cama e a alma? Vira a vida do avesso e nos faz mesmo achar que o avesso pode ser nosso lado certo. O lado não explorado. Ali, onde morava aquele medo de não ser amor. E vem como quem nada quer, como se não fosse se demorar. Vem de mansinho, e aí, quando nos damos conta, parece que sempre esteve aqui.
E já não há possibilidade de ver, e nem de viver a vida sem ele.
Ah! esses amores costumam deixar aquelas marcas, e aquele gosto de quero mais, que só um amor bem vivido consegue.
Agora não importa nem saber se ele foi de fato amor... Por mais que não fosse, ele insistia em ser e isso já o fazia maior.
E não há nada que nos faça esquecer totalmente dele, mesmo que seja em um detalhe pequeno; e me desculpe aqui os não fãs de Roberto Carlos, mas mesmo que dele quase nada reste, este "quase" certamente é um detalhe que ainda nos farão lembrar. O tempo vai passar, e em algum momento bobo, mesmo que outros amores tenham vindo, e tenham sido bons, esse amor ainda será lembrado e reverenciado, apenas por ter chegado sem esperar, sem anunciar, e ter ido embora da mesma maneira.

quarta-feira, 8 de julho de 2015

Eu prefiro o silêncio e a leveza dos pássaros

Enquanto o mundo se divide em opiniões,  e todos querem ter razão; enquanto alguns pedem mais amor e outros dizem lutar por ideais semeando cada vez mais desigualdade, eu observo, um tanto apática, como as pessoas perderam a noção do quê, me parece, seja viver.
Vejo fotos de pessoas felizes que talvez não estejam tão felizes. Ouço e leio pessoas, até as mais próximas de mim, mudarem o que diz em questão de segundos, em um misto de indecisão e imaturidade. E eu cada vez digo menos onde, talvez, eu devesse dizer mais; é que tenho medo de perder a sanidade ou ficar sã demais.
Prefiro ficar aqui, a observar, tentando não colocar a culpa das minhas mazelas em ninguém. Tentando aceitar a perda de algumas coisas quando me decidir por outras. Tentando ser madura o suficiente pra entender que não preciso mostrar demais para os outros o que não sinto. No final, toda essa ilusão ficará na conta de cada um.
Só eu sou responsável por mim e só eu posso agir de acordo com as minhas ideias e ideais. Às vezes não é necessário tantas lutas e disputas, ainda mais quando é pra mostrar quem é mais feliz. Lutar tem qualquer coisa de pesado. De algo que não vem naturalmente.  E eu quero é leveza!

sexta-feira, 12 de junho de 2015

Deixe-o (a) ir

Vez ou outra a gente se decepciona com alguém ou decepciona alguém.  E às vezes as duas coisas acontecem juntas.  É dolorido aceitar que uma pessoa querida possa nos magoar, mesmo sabendo que, talvez, essa não tenha sido a intenção. 
O fato é que não podemos controlar sentimentos,  mas podemos fazer escolhas.  Podemos escolher em continuar sendo magoados ou ficar bem mesmo que pra isso relações tenham que ser cortadas. 
Se afastar de alguém que te faz mal mesmo que sem querer e sem saber, mesmo que até a gente ignore o motivo ou prefira ignorá-lo, não quer dizer falta de amor; quer dizer apenas que entre outra pessoa e você,  fez a escolha certa. Porque só você pode se amar incondicionalmente.
Claro que nessa escolha há o sofrimento de se acostumar a viver sem a companhia da pessoa em questão,  mas isso será passageiro. Diferente da dor que te acometerá sempre que perceber o quanto qualquer outro parece ser mais importante que você, e como isso vai mexer com a sua auto estima.
Estou falando aqui de qualquer tipo de relação.
Algumas pessoas apenas não cabem mais em nossas vidas ou talvez não caibamos mais em suas vidas. Contudo, se há dúvidas entre escolher você,  saiba que assim, na maioria dos casos, estará escolhendo também preservar o amor e o respeito que existe. Eles não terão morrido num emaranhado de mágoas que sufocam até os sentimentos mais puros.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

O dia em que ouvi Beatles a 120p/h

Às vezes coisas simples acontecem e nos reafirma o que somos e do quê gostamos. E essas pequenas coisas, que podem mesmo passar despercebidas, são tão essênciais pra que a gente se conheça e se aprecie.
Eu estava lá, na estrada, ouvindo Beatles com o carro a 120 por hora e uma sensação incrivel me invadiu. Era um misto de ansiedade pelo que eu quero ter e uma gratidão pelo que eu já tenho.
E foi como se as tristezas de ontem não importassem mais. Assim como não me importa todas essas incertezas, todos os medos e toda contradição que habita em mim.
Percebi que eu sou o melhor que posso ser por mais que alguém, um dia, me diga o contrário. Tenho convicção em mim. Dou o meu melhor pros que estão comigo, caminhando junto. Prezo a sinceridade mesmo que nem sempre ela venha acompanhada de verdades. É que lido bem com mentiras sinceras. Não gosto mesmo dessa coisa da verdade doa a quem doer.
Às vezes as verdades são necessárias, nas outras vezes pode me poupar dela.
Isso me ocorreu enquanto eu ouvia Here Comes The Sun, o vento bagunçava meus cabelos e o sol, meio timido, nutria minha pele...
Acho que foi mesmo culpa da vitamina D esse meu excesso de otimismo. De que coisas boas vão surgindo, mesmo quando alguém magoa a gente ou magoamos alguém. Mesmo quando os planos não dão certo ou a realidade não supera as expectativas.
Na verdade, acredito eu, quando os planos se desfazem é porque coisas muito melhores o universo nos proporcionará.
O Sol sempre volta, sempre estará lá no dia seguinte, e se a gente também estiver, então esse é o encontro perfeito; o momento que a gente espera pra fazer tudo de novo. Pra ser melhor do que fomos ontem. Pra mudar, pra reavaliar, pra dizer tudo ao contrário, por quê não?
Eu tenho sonhos todos os dias, e quase todos os dias algum elemento novo é adicionado a eles. A minha alma pede novidade. E eu entendo que não seria nada do que sou sem os velhos sonhos. Então uni-los me parece a melhor forma de caminhar pra ser mais.

quinta-feira, 30 de abril de 2015

Algumas coisas, mais que outras, rendem boas memórias

Queria escrever pra você e não sabia bem o que dizer. Pensei em começar pedindo desculpas, mas também não sabia exatamente porquê. Me ocorreu que se vou pedir desculpas tenho que citar os motivos, um deles ao menos, e aí percebi que não sou boa com palavras.
É, quando o assunto é você todos os significados ficam pendentes no ar esperando confirmação. Qualquer denominação, abreviação, extensão e derivados de palavras perdem o sentido. Eu que adoro definir as coisas, não consigo achar algo que represente, fielmente, o que você é pra mim. É que você é tanta coisa e às vezes é coisa nenhuma. Como naquela semana que a gente ficou sem se falar e você era só um borrão na minha mente,  ou quando a gente se falava todos os dias, sempre, 5 vezes como em um estranho esquema para nos fazermos presentes mesmo a distância; àquela sua viagem aproximou a gente né?
E aí você era os momentos do dia em que eu esperava pra falar contigo. Ou quando a gente não se largou por umas 72 horas no feriado de julho, lembra? Estranho, porque o feriado era só por 24 horas, acho que a gente inventou algum outro pra não ter que ir embora... Ali você era eu. Não tinha como definir algo que estava tão em mim, como você estava.
Voltando às Desculpas,  desisti. Elas não fariam sentido.
Aí pensei em começar dizendo que melhorei o meu inglês, que tô pensando em viajar; e que talvez passe por aqueles lugares que planejamos. Ia pedir aquele roteiro que você fez. Não seria exatamente uma desculpinha, é verdade. Preciso mesmo do roteiro. Você era o organizado do lugar. Ta tudo uma bagunça agora. Mas achei que você poderia interpretar como um convite pra irmos juntos. E sério, não é a intenção. Ainda preciso de um tempo só. Tempo pra ser eu e pra dar errado se for o caso. 
Agora cabe as desculpas. Já escrevi tanto e não disse o porquê de te escrever. A verdade é que não precisa de um motivo, a menos que ele esteja tão claro quanto os dias ficam, logo cedo, nas manhãs de fevereiro.  
Tomara que ainda se lembre dessas manhãs, assim nem vai precisar me escrever perguntado o motivo...
Mas escreva ok!?

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Deixa essas cartas na mesa e espera que o amor vem, com sorte, sem fazer jogo.

É que vez ou outra a gente para e pensa no quão miseráveis podemos ser; mendigando o amor de quem não tem pra dar. De quem provavelmente é tão mendigo quanto a gente, e que espera, talvez, sem certeza, receber o amor de outro.
Isso é mesmo um círculo vicioso não? Percebe como o poema faz sentido? Do fulano que amava o ciclano e que amava beltrano que não amava ninguém? Dizem que o amor é um jogo de sorte, eu arriscaria dizer que é um jogo de azar. Se você conseguir driblar todo o peso de senti-lo e conseguir ainda direcioná-lo à pessoa certa, aí você terá enganado o adversário. Plano miraculoso esse...
É só para quem tem audácia e sabe se portar. Aí pode ir à forra , quebrar a banca e mostrar que no amor melhor jogador não há.
Ah, um dia eu convenço esse meu coração que não vale a pena jogar, a não ser que ele tenha uma carta na manga... Que tenha cacife pra bancar a vitória. Mas ele nunca tem. Ou talvez não a use. Tem medo de se perder também. Medo do azar vir através do amor recíproco.
É, pode acontecer...
A gente encontrar alguém que seja tão difícil de amar quanto de deixar. E olha a sorte virando azar, e nossa vida virando de cabeça para baixo...
Ah, coração! Deixa isso pra depois, que agora  estamos ocupados demais. Tem muita gente aqui. Amores diferentes, todos querendo atenção. Todos esperando um pouquinho do que a gente pode dar.
Sossega! Esse amor que você espera pode nunca chegar ou talvez chegue amanhã.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Dissertando sobre conquistas e nós

Em um papo meio sem propósito com um amigo, acabamos caindo naquela infindável conversa sobre relacionamentos e as muitas artimanhas que alguns usam para conseguir o que quer ou quem quer.
Eis que meu amigo declara ser adepto desses "joguinhos" quando quer conquistar alguém. Aí penso -- Pô, eu sou sempre do contra? -- E lá vamos nós discutir sobre o assunto, discussão essa que não nos levou muito longe, mas nos rendeu boas risadas. Como sempre.
Meu amigo disse que se você mandou a mensagem da última vez, espere a pessoa agora. Não ligue. Dê um gelo, seja indiferente e coisas do gênero... Eu, por outro lado, sou toda momento. Fico puta quando tenho que ficar e deixo a pessoa perceber. Longe de mim querer fingir que não ligo. Aliás, se quero ligar, eu ligo e não invento desculpa, faço e pronto. Com frequência me arrependo, mas já fiz, nunca vou questionar o que teria sido se fizesse...
Mando mensagem se quiser falar com a pessoa em questão e não me atenho a esses jogos, embora saiba que eles tenham sua eficiência.
Porque, cá entre nós, é perder muito tempo e muita chance de ser feliz agora   ou  de deixar a fila andar né? Quem não se decide não tem vez comigo. Quem faz jogo menos ainda. É que eu me canso fácil e perco o foco.
Aí meu amigo disse que sou sadomasoquista. Eu rio e penso que, provavelmente, ele tenha razão...
Prefiro sofrer logo, me decepcionar logo e deixar de lado logo. Essas são as minhas etapas de recomeço.
E, como aconteceu a conversa toda, ele, meu amigo,  gargalha e diz que vai me ensinar uns truques...
Eu dispenso os truques mas fortalecemos a amizade.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

É que algumas pessoas não chegam pra ficar e insistir no antigo é pra quem tem medo do novo

Sim, houve dias que eu senti tanto sua falta. Uns mais que outros, mas em todos eles você estava presente. Eu não sabia o que fazer com a sua ausência que insistia em encher meu peito de saudades. 
Queria saber se você tinha feito o que queria da vida, se continuava lindo quando sorria; aquele seu sorriso de lado que tinha o poder de me fazer obediente. Se continuava usando piercing ou se já tinha feito aquela tatuagem que vivia falando em fazer.
Você era tão imprevisível, tão irresistivelmente charmoso ( para o meu desespero) e sabia me deixar em transe. Com você era como descobrir alguém novo todos os dias. Tá, isso me irritava, mas na mesma medida me excitava e me desafiava a querer te decifrar. Sempre fui boa com desafios, mas você insistia em não dizer...
Não dizia se estava apaixonado ou o quanto eu era importante. Insistia em me fazer ciúme,e eu já havia lhe dito: não-lido-bem-com-ciúme,então fui me afastando, porque sei que fico insuportável ciumenta.

Será que foi esse o motivo? 

Acho que sim. Acho não, certeza que foi. Havia uns dois ou três outros motivos...

Eu sei...

O seu jeito de deixar pra lá foi me tirando o encanto, o interesse, o tesão e por fim a vontade de te ver, de falar contigo. E seja lá o que tivemos foi ficando sem espaço em minha vida. 
Mas mesmo longe a chama continuava acesa e ardia e machucava. Queimando meu corpo e coração. E foram meses tão longos. Até que assim, meio sem querer, dia desses, alguém conseguiu aplacar esse fogo. Ele foi cessando e já não arde mais. 
Ainda resta algo de nós em mim, talvez porque eu seja egoísta demais pra te deixar ir de vez, mas isso não me incomoda mais. Não me importa mais. Não me impede de viver. 
E te vendo aqui, na minha frente, falando coisas que eu daria tudo pra ter ouvido antes, não fico feliz, ao contrário, me entristeço em dizer que não e talvez isso soe ríspido ou cruel mas é só verdade - escuta, eu não quero mais você- Percebi que não era amor. Era paixão. 
Agora é só vontade. E vontade não é suficiente pra nos juntar. Ela passa.


terça-feira, 14 de abril de 2015

Porque tem beijo que muda a gente

Se tem uma coisa que faz a gente sair do chão é um beijo bem dado. E aquela garota tinha a boca que pedia, implorava pra ser beijada. Ela fingia não saber e ele fingia não querer.
Por sorte ou não, eles se cruzaram um dia, conversaram e sem saber exatamente como, o beijo aconteceu.

Aquele beijo era o prelúdio do que viria depois e eles sabiam que a noite prometia.

Ela estava  preparada para se decepcionar com o beijo, e ele sabia só de olhar pra ela que seria o melhor de todos os beijos ja trocado.

Ela errou, ele acertou. Os lábios se encaixaram e se moviam no mesmo ritmo. Primeiro lento, depois com mais urgência e por fim eles estavam totalmente submersos em outro lugar, qualquer que fosse, não importava, nada mais parecia existir. Ficaram assim pelo que pareceu uma eternidade, e ainda não fora suficiente...

Ela pensou: Esse é o começo do meu fim. 
Ele disse: Finalmente estou começando.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Não siga o manual, quebre as regras

Falar de amor e, mais que isso, de todo o tipo de relação ainda me deixa apreensiva, porque eu sou falha nisso, acho que todos somos, uns mais que outros, e esse é o meu caso; mas vamos focar aqui na quantidade de ensinamentos para viver os nossos amores. Falo disso porque vejo tantas pessoas que deveriam fazer o que querem  e não fazem por medo apenas. E o medo não permite que a gente ouse. E a vida deveria ser "Ousadia e Alegria", como diz o Thiaguinho. Rs.

 A gente lê tanta coisa, tantas dicas, e lançam tantos filmes e livros que de alguma forma pretendem nos ensinar como viver uma relação; sem contar os amigos, e às vezes os conhecidos também, que cismam em passar suas experiências para que nós façamos diferente. 
Se vocês leram até aqui, vão perceber que esse texto também traz em suas linhas conselhos ou a falta deles para essa arte tão importante, que é a de se relacionar com alguém ou mais.

Todo relacionamento tem como base a forma de se relacionar, mas convenhamos, a forma é o jeito de cada um, então por quê seguimos as formas de outras pessoas? A receita pronta... Aquela que vai fazer seu casamento, namoro, rolo, pegação ou belisco ( como diz uma amiga) dar certo? 
Sim, seguimos. Porque precisamos saber que não estamos fazendo errado, e pedimos conselhos para não sermos totalmente culpados por nossos fracassos. Não raras às vezes sabemos exatamente o que fazer e a hora de fazer, mas não fazemos porque não foi assim que aquele guia fantástico de "como conquistar o seu homem ou de como enlouquecer uma mulher" nos ensinou. 

É muita regra a seguir pra algo que não tem regras.
O amor não tem regras; e não deveria ter medos também.
Só devemos algo a nós mesmos. Desculpe aos que pensam o contrário.

Ele pode ser romântico, pode ser louco, ela pode ser pegajosa e ciumenta ( tudo que não devemos ser para dar certo com alguém), e ainda assim se entenderem de um jeito absurdamente lindo.
Porque cada um tem suas preferências, e cada outro tem, em meio aos seus defeitos, algo que vai encantar e conquistar o coração do um. 

As pessoas gostam do que não é esperado. 

Simples assim. Como deve ser.


domingo, 29 de março de 2015

Quem disse que é bom ser calmo?

Não me peça calma, meu bem. 

Me peça amor, palavras fugazes, prazeres efêmeros...
Me peça pra despir o corpo, a mente e a alma, mas não fale sobre calma. 

Eu Posso ser tudo que você quiser...

Posso brincar de amar, posso fazer você acreditar em anjos. Os bons e os maus. Posso bagunçar sua casa, sua rotina, e talvez, deixe você fazer o mesmo com a minha... 

Mas calma está fora do nosso trato. 

Nosso acordo firmado envolve beijos quentes, noites acordados, juras que não precisarão ser feitas, aliás, melhor que não sejam...
Juras envolve calma, e essa eu não posso te dar. 

Minha calma foi levada por anseios que não posso e nem quero controlar. Tenho pavor de pessoas, coisas, vidas calmas. Gosto é de quem não tem medo de ousar, de mostrar a que veio, de se fazer inesquecível mesmo que tenha ficado aqui por um dia. 

Aspiro ser esse tipo de pessoa e, como tal, não cabe em nenhuma parte do meu ser errante e vibrante essa calma que me pedes. 
Te dou o melhor de mim... 

Mas não peça calma a alguém ansioso, meu bem. 

Lamento! 

Não sou calma.

quinta-feira, 26 de março de 2015

Porque dias ruins pode ter algo bom

Todo mundo já teve ou está tendo, nesse exato momento em que eu escrevo e que você lê esse texto, um dia daqueles.
A gente levanta da cama sem a menor vontade, mas levantamos porque há coisas e pessoas que nos esperam,e que dependem de nós para que, talvez, o dia deles não seja tão ruim quanto o nosso.
O fato é que há esses dias em que não queremos pensar em nada nem em ninguém, só queremos ficar afundados entre as cobertas em um quarto escuro, talvez ouvindo nossa música preferida, no momento, repetidas vezes, talvez só ouvindo os prórpios pensamentos tão repetidos quanto à música seria. E não há o que possamos fazer ou como fugir, se a vida lá fora nos chama apressadamente, e como uma troll com ilimitada experiencia, ela não nos espera. Ela passa. Só a vontade de secar aquele bar que guardamos em casa como um santuário é que não passa. 
E lá vamos nós saindo de casa ás 6 da manhã, uns antes, outros depois, com aquele caminhar de quem carrega o peso do mundo nas costas. Enfim o cansaço do corpo reflete o fardo que a alma esquece de deixar de lado às vezes.
Eis que encontramos algumas pessoas e alguns sorrisos e o dia vai se tornando mais leve. Recebemos algumas mensagens, e percebemos como queremos bem e somos queridos. Isso funciona como um elixir que nos revigora e nos dá uma dose a mais de coragem para chegar ao fim desse dia. 
Ouça, para os chamados "bad days" recomenda-se cautela...
Não fazer nada que não fariamos normalmente, mas serve também para que façamos tudo o que fariamos caso não estivessemos em um "desses dias".
Não deixe que um dia ruim transforme sua essência. 
Há chances de sairmos dele ileso e mais preparados caso, e provavelmente vai, ele se repita algum dia. 
Talvez esse seja o "seu" dia daqueles. E se for, calma! 
Respire e tente não pirar. Tudo vai se acalmando e no final do dia você vai se orgullhar ao dizer  "Eu sobrevivi!"

quinta-feira, 19 de março de 2015

Crônicas de um amor doce

Ela chegou em casa depois de um daqueles costumeiros dias de uma rotina cansativa e, por um momento, agradeceu por estar sozinha. Agradeceu por não precisar tirar toalhas e roupas que, normalmente, estariam jogadas por todos os cantos da sala e do quarto. Agradeceu porque não precisava dar atenção aos problemas que ele insistia em dizer que tinha, mesmo quando não havia problema nenhum. Mesmo quando a vida dele, ao contrário da dela, estava na mais perfeita ordem. Pensou em como ele vinha por dois ou três dias e conseguia deixar uma bagunça tão grande que ela levaria os proximos 5 dias pra arrumar, quando ele voltaria e faria tudo novamente.
Ela sorriu. 
Sorriu porquê, inacreditavelmente, sentiu saudades. 
Saudades de como ele tomava conta de tudo com aquele tamanho exagerado e a presença de espirito que fluia naturalmente por todos os cômodos da casa. Saudades da voz grave e doce e das, também, doces palavras que ele dizia ao seu ouvido. E eram tão doces que mesmo nos dias mais amargos, aquelas palavras tinham o dom de desencadear crises de Diabetes, caso ela tivesse esse problema. Bom, felizmente, ela não tinha. E se inebriava, e se derretia e, mesmo sendo tão criança às vezes, e talvez por isso mesmo, era tanta doçura nele que de repente todos aqueles defeitos não lhe diziam mais nada.
Nada, foi tudo que ficou de todos os dias que foram deles dois... 
Agora - pensou ela-  ele é o cara pseudo problemático de uma outra garota, e deve estar falando ao ouvido dela àquelas palavras doces que costumava lhe dizer, e deve ainda estar deixando aquela bagunça que só ele sabia fazer, na casa e no coração. 
Tomara que ela faça por merecer as palavras doces, e bem feito pela bagunça.

quinta-feira, 12 de março de 2015

Dúvidas

Chega mais perto, coloca a mão no meu peito e sinta o meu coração. Não se assuste, eu já me acostumei com as batidas rapidas e descompassadas... Ele tem passado muito tempo assim...
Todo o tempo que eu morro de saudades de você. Todo o tempo que o tempo não passa e você não diz o que eu quero ouvir. Todo o tempo que você está com ela, mesmo sabendo que, no fundo, era comigo que você gostaria de estar...
 Em todo esse tempo ele bate tão rápido que quase pára, é um paradóxo. Mas é quando você chega com esse seu jeito de quem não quer nada, e me fita com esse olhar que me deixa nua, despindo meus sentimentos e meus pensamentos, aqui, nesse momento, eu quase fico com medo, meu coração, coitado, quer sair do meu peito e se abrigar no seu.

segunda-feira, 9 de março de 2015

Nosso louco amor

Sobre amores que chegam e dominam.

Tem dias que me pergunto onde foram parar os planos que fiz pra mim. Todos se desfizeram quando você entrou em minha vida e bagunçou tudo com essa sua mania de perfeição. Você tomou tanto espaço que já nem sei mais onde termino e você começa.
Quando te conheci pensei em não te levar a sério, pensei em não me levar a sério e, sem sucesso, decidi que acharia um jeito de você não nos levar a sério... É, eu não queria ser aprisionada por essa sensação de não conseguir viver sem você. Felizmente isso não funcionou e você continuou aqui. Insistiu, brigou e me fez perceber que querer tanto você era só um lado da moeda. Um lado que não apresentava toda a beleza dessa nossa história improvavel. O lado mais belo era o seu querer, que me preenche, me faz levantar pela manhã e  enfrentar essa luta chamada vida.
Esse seu querer torto, cheio de defeitos, e efeitos sobre mim, me mostrou o quanto é bom ser livre pra te amar e estar presa nesse amor.

Pra sentir a música

Carros passando e eu passeando em meio a eles para atravessar a avenida... 
Hoje estou sem pressa, como quem deixou sua bagagem por alguns momentos, apenas para sentir como o mundo pode ser agradavelmente leve se a gente se permitir.
Sim, dei uma fugida da minha rotina e estou aqui em uma das muitas travessas da avenida Paulista, lugar que eu adoro e gostaria de poder vir bem mais. Adoro a correria desse lugar e contraditoriamente a calmaria que ele me causa.
Neste momento aprecio o belo som de um trio, super talentoso, que presenteia aos que passam com um jazz mágico. Ao meu redor casais dançam sem se preocupar com a plateia, ou dançam justamente para ela.
Estou só, mas não me sinto sozinha. Essa música, os carros, a fumaça do cigarrro do cara ao meu lado e as paixões desses casais me fazem companhia. Embora companhias não sejam item de necessidade quando se escuta Jazz.. Acho mesmo que ele foi feito para ouvir só, cada um, na sua individualidade, interpretando-o através de seu contexto.

segunda-feira, 2 de março de 2015

Juras adolescentes

Sabe aqueles amores da adolescência? Me lembrei de como eles eram sempre jurados para sempre, mesmo que o para sempre durasse apenas um mês ou dois. eram amores tão fortes, mesmo que não fosse amor de fato... Porque quando se é adolescente, descobrindo o mundo e as melhores coisas dele, a gente perde a noção de tempo, então jurar pra sempre é um sentimento verdadeiro, só o que é jurado é que não, que não vai ficar, porque muitas outras verdades virão, uma atrás da outra e deixarão cada uma para trás.
Aí os 16 passa, os 20 passa, e vamos percebendo que as juras começam a ficar mais sólidas, isso não quer dizer que as coisas não possam mudar, mas temos muita noção do que é jurado, só juramos o que sentimos muito forte e por um longo período. E quando os 30 chega, quase não juramos, não prometemos, não afirmamos nada. Porque entendemos que tudo muda o tempo todo, que a gente floresce a cada manhã e, como tal, há inúmeras chances do que foi dito ontem ter morrido ao final do dia.

Esses momentos


Esse texto é baseado em uma história que me tocou muito, por isso resolvi escrever sobre... Espero ter conseguido reproduzir o sentimento, porque eu o senti como se fosse comigo.


Existe um momento, normalmente aparece quando tudo está bem, em que a gente se sente tão fingidor, a gente pensa que finge que é feliz, que finge que ama, que finge que é amigo, que finge que não sabe que finge tudo isso... Confuso né? Se você já passou por isso sabe que não é tão confuso quando sentimos... 
É mais como um vento forte que chega em meio a nossa vida repleta de brisas suaves e bagunça nossa estrutura tão bem formada e firmada como verdade absoluta.
Em um momento tudo parecia tão certo, e agora tudo tão falso, tão fora do lugar... Lugar esse que eu não cheguei a sonhar pra mim, mas onde gosto de estar...
Gosto de acordar todos os dias e pensar que conquistei tudo que tenho; Mas de repente sinto como alguém que se perdeu no meio do caminho; coração chora baixinho e transborda esse choro, tanto que meus olhos estão molhados, meu rosto está molhado e as lágrimas não param. Veja, elas já estão molhando o travesseiro... 
Não quero deixar marcas desse desatino. Estou enxugando os olhos. Estou me refazendo. Estou voltando para esse lugar confortável, onde eu me sinto tão bem... E vou esquecer que pensei tanto em você a ponto de questionar onde eu poderia estar melhor além de seus braços. Porque existe uma outra pergunta que deve ser feita, e ela já tem resposta... 
Você estará melhor nos braços de qualquer outra.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Surpresas do cotidiano

Sempre prestei muita atenção às pessoas a minha volta, em qualquer canto que eu vá, olho pra elas e fico tentando imaginar suas vidas, seu cotidiano, seus pensamentos. 
Elas estão sempre tão apressadas, eu mesma estou sempre tão apressada quanto elas, e ainda assim, a curiosidade em saber porque tanta pressa, o que elas sentem quando se dão conta de tanta correria, me invade de uma tal maneira que posso até ser considerada, pasmem, obsessiva... Mas têm um lugar onde essa minha estranha mania tem seu ápice: O metrô. 
Aqui onde tantas vidas se encontram e se desencontram, se perdem mas podem se achar na próxima estação. Aqui eu sinto essa minha necessidade maior. O ritmo dos meus pensamentos aumentam ao olhar pra esses rostos e querer saber de seus contextos, coisa tão impossível não? mas isso fica secundário hoje, porque tão impossível quanto eu conseguir saber o que se passa em tantas mentes é encontrar alguém que ainda têm um bip ( leia-se aparelho eletrônico de não sei quanto tempo atrás) mas pra minha alegria, o impossível pode acontecer e eis que me deparo com uma senhora que mais parece saída daquela exposição do Ron Mueck, de porte grande, com a pele tão branca que parece mesmo de cera, sentada, à margem dos olhares que a cercam, lá está ela com uma capa de chuva transparente que lhe cobre todo o corpo, destacando-a ainda mais dos outros passageiros, na certa esperando alguma mensagem, com seu bip nas mãos...

Falta de amizade também faz sofrer

Esse texto é sobre amizade que, na minha opinião, é o segundo sentimento mais sublime que existe. E como algumas amizades, que a gente jurou pra sempre, tambám acabam.


Sabe aquelas pessoas que a gente confia e que achamos o máximo? Então, era assim que eu via você, mas de repente algo aconteceu, e não sei explicar exatamente o quê foi ou quando foi, o que sei é que comecei a duvidar que você fosse mesmo o que eu pensava... Isso me causou um estranhamento com relação aos meus sentimentos, porque me decepcionou. E eu que sempre achei que não me decepcionaria com ninguém mais. Não que as pessoas não sejam capazes de causar decepções, mas sim por achar que já não me surpreendia com nada...
Qual não foi a minha surpresa quando me vi triste por me sentir preterida, porque percebi que eu não sou alguém importante pra você, que embora você diga sempre que sou sua amiga, talvez a melhor amiga, na verdade você nem sabe a dimensão dessa palavra, você nem me conhece...
Percebi que você não sabe ler nas entrelinhas, não nas minhas, não o que eu tentei desesperadamente dizer. 
Entendi que você nunca sacou que apesar do meu jeito despojado, da minha mente demasiado aberta, e de ser a favor de tantas coisas que são consideras erradas, despudoradas ou imoral, eu acredito em sentimentos bons, eu tento dizer apenas a verdade sobre o que eu sinto e penso. E jamais falaria algo pra te magoar, como você fez. E não, eu não estou zangada com você. A minha mágoa é comigo, por continuar acreditando que sempre vou receber o que dou às pessoas. 
Hoje ainda não consigo entender bem a razão de toda minha tristeza por nós, mas sei que vou pensar minuciosamente e descobrir...
Quando isso acontecer eu vou entender, desculpar a mim mesma pelas bobagens que fiz, e você terá perdido uma grande amiga.

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2015

O tempo que não tivemos

Relações que acabam são sempre difíceis para um dos dois lados, ou para os dois, mesmo que o amor, a paixão ou que quer que sentissem um pelo outro já não exista mais. Mas àquelas relações que poderiam ter sido e não foram, machucam bem mais. Ficamos sempre com aquela sensação de que poderia ter sido bom ou que poderia ter sido ruim, avassalador, tranquilo, duradouro ou passageiro, mas não foi nada, porque não houve tempo, espaço ou um momento para que fosse algo... para quê marcasse de uma outra forma que não fosse com esse vazio do talvez, do e se...
O melhor sentimento é sem dúvida o que é recíproco, mas há esses que nunca serão e mesmo assim permanece na gente como uma segunda pele. Por mais que façamos não pode ser arrancado. E tudo que envolve amar o outro nos acompanha. O ciúme, a vontade de sentir o cheiro, de tocar o rosto, de ficar ao lado mesmo que seja sem dizer nada, só por estar ali, só por sentir a presença;  vontade de dividir o nosso dia, nossas conquistas, de receber
carinho em um desses "bad day"; o desejo de passear de mãos dadas, de viajar, de trocar experiências e de sonhar um futuro que não vai chegar.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Sonho!

Hoje acordei com desejo de você. 
Vontade de tê-lo em minha cama, em sua cama e que isso nos leve a outras camas. Juntos. Enroscados. Encaixados como nunca aconteceu antes.
Todo esse desejo veio de um sonho...
Nessa outra dimensão seu tesão por mim dava pra sentir a quilômetros de distância, e eu sentia mil vezes mais pois estava muito perto. Senti todas as vezes que ensaiou pra me beijar, e agradeci ao universo quando, enfim, o ensaio virou cena real.
Nossas línguas se entrelaçaram num jogo de palavras que nunca foram ditas e que jamais seriam. Não havia necessidade de dizer. Tudo que precisávamos saber, o sabíamos ali, naquele beijo. Eu acordei.

Sobre o meu ciúme

“Ciúme é mal conselheiro”- dizia minha mãe, mas eu nunca escutava de fato, eu achava que não tinha ciúme, sempre fui acima dessas frivolidades. Como achar não é ter certeza de nada, no fundo, eu desconfiava que esse conselheiro caminhava lado a lado comigo. Pelas vezes que eu fiquei de cara feia com alguma amiga por estar com outra amiga, pelos sorrisos que deixei de retribuir aquele carinha especial, só porque outro dia o vi conversando com uma garota, que mais tarde descobri que era a irmã dele, mas sem desculpa, a garota era mesmo irmã dele, pode isso?
Enfim, muito tempo se passou desde então, e hoje eu tenho certeza do quão ciumenta eu sou, e de como esse sentimento foi crescendo em mim, à medida que eu também crescia.
Muitas vezes me perguntei se ser ciumenta é sinal de insegurança, se é meu ego querendo se satisfazer ou se é só meu modo de dizer: Olha, eu me importo com você! Não obtive respostas concretas, mas estou inclinada a acreditar que é uma mistura de tudo isso.
Diante dessa verdade, inúmeras vezes, salvo algumas em que me escapam as palavras, eu vou caminhando com esse inimigo íntimo, e arrisco dizer que nos damos bem. Eu não deixo ele me dominar e ele entende que ficar aqui em segredo é a única maneira de coexistirmos.

terça-feira, 10 de fevereiro de 2015

Aqueles dias...

Eles se conheceram e se gostaram logo de cara. Ela o encantou com aquele jeito tão vivo, aqueles olhos que mais pareciam um daqueles dias de outono em que se tem saudades do que não viveu. Ele se apaixonou, afinal quem não se apaixonaria por aquela menina/mulher? Todos os dias se seguiram de um intenso outono, eles se envolveram, se amaram e em um desses dias, assim sem mais, se esqueceram.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2015

A paz de estar inteiro

Manhã de chuva, ouvindo uma boa música e pensando... 
Essa combinação poderia ser desastrosa para um coração partido, mas quando se está inteiro a sensação é do que podemos chamar de felicidade. 
Felicidade porque a musica não dói e a saudade já não aperta o peito, porque foi entendido que amor não correspondido é como uma roupa velha que já não nos cabe mais. Quando já sofremos tanto com isso e encontramos essa paz, é como olhar o mundo e entender que ele é nosso, e que podemos abraçá-lo sem medo dele não caber em nossos braços. 

O quê dizer nessa hora?

Minha mente está desfilando histórias sobre amores que não deram certo; ou deram pelo tempo necessário. Nem um minuto a mais. E em uma delas, me lembrei de uma amiga que descobriu que a pessoa de quem ela gosta estava namorando. Ela disse pra ele: "Parabéns, desejo felicidades!", quando na verdade o que gostaria e deveria ter dito era: "Desculpa se não posso te desejar felicidades. Ainda penso muito em nós dois. ainda gosto muito de você, mas desejo profundamente, no futuro, me alegrar ao te ver feliz."
Se ela houvesse dito isso, eles provavelmente não se falariam mais e as chances dela esquecê-lo seriam maiores. No entanto sua resposta deu margem para ele achar que de fato tinha nela uma amiga. Quem sabe ele até peça conselhos que lhe ajude em sua nova relação.
Fico pensando quanto sofrimento poderia ser evitado se ela apenas dissesse o que sente.
Mas o que dizer nessa hora? A vontade de pedir" fica comigo?" se mistura com o medo de uma suposta humilhação;  o medo de sair por baixo nos confronta e diz o que vai ser? A saída mais fácil, mas talvez não menos dolorosa, desejamos felicidades e a vida segue, amarga mas segue.
Orgulho disfarçado de amor próprio nos traz mais desventuras que algumas verdades.

O amor não é fogo que arde sem se ver...

Pensei em me sentar em frente ao computador e escrever sobre o que viesse a minha mente. Isso até funciona quando o escritor não tem medo de seus próprios sentimentos e pensamentos, o que não é o meu caso. Quando é pra falar de amor então, tantas coisas se misturam, tantos sentimentos, tantas lembranças que me perco no que sinto hoje e no que já senti em outros tempos. 
Ouvi muitas pessoas dizerem que só se ama uma vez. Discordo; acredito que se ama na mesma proporção que se decepciona, e como as decepções ao longo da vida são muitas, muitos são os amores. Cada um com sua importância, com sua particularidade, com sua loucura normal. Acredito que é possível amar duas pessoas, e não me surpreenderia se alguém me dissesse que ama mais do que o que nos foi imposto amar. Porque em um mundo de tantos encontros e com pessoas tão singulares, seria mesmo uma bobagem jurar amor a uma só.
Os amores que a vida nos traz deveriam se vividos com toda sua intensidade, e quando acabassem que fosse decretado o fim. E não se fala mais nisso; ao invés disso, o que pensamos é que o amor não é fogo que arde sem se ver, porque quando deixa de ser amor, as queimaduras são visíveis a olho nu.
 O poeta disse: "Que não seja imortal, posto que é chama; Mas que seja infinito enquanto dure."
Ah! se algum dia ousassemos compreender esse poema que Vinicius lindamente nos deixou, acenderíamos novas chamas e não guardaríamos mais as cinzas.

Uma palavra, muitos sentimentos

O amor é... deixe-me pensar!

Como meu primeiro post nesse blog, com um nome até genérico, escolhi falar sobre o quanto é impossível definir a palavra amor. Espero ser coerente mas nem tanto, já que o sujeito desse texto tem sua base em sentimentos irremediavelmente incoerentes.
Já reparou como muitas pessoas falam sobre amor sem entender o que estão dizendo? Claro amor a gente sente e não entende... isso seria uma boa explicação, mas muito limitada, e eu não me contento com explicações limitadas, então aqui esta meu ponto de vista: O amor provavelmente é a mistura de carinho, amizade, lealdade, admiração, liberdade, apego, saudade, cuidado, proteção e muitos outros sentimentos que talvez nem tenham sido nomeados ainda. E se colocamos aqui o amor romântico, amor homem/mulher, aí sim teríamos que adicionar muitos outros ingredientes que vão dar forma a esse laço ... Então juntamos tudo isso e percebemos que limitar tanta coisa que sentimos a uma só palavra talvez seja falta de criatividade.


Pense bem, os cartões, as cartas ou mesmo os sms ficariam muito mais interessantes de se lê quando escritos expressamente com o que se está sentindo. 
Por um mundo em que aprendamos a usar todos os sentimentos ao invés de defini-los como um só.