sexta-feira, 22 de maio de 2015

O dia em que ouvi Beatles a 120p/h

Às vezes coisas simples acontecem e nos reafirma o que somos e do quê gostamos. E essas pequenas coisas, que podem mesmo passar despercebidas, são tão essênciais pra que a gente se conheça e se aprecie.
Eu estava lá, na estrada, ouvindo Beatles com o carro a 120 por hora e uma sensação incrivel me invadiu. Era um misto de ansiedade pelo que eu quero ter e uma gratidão pelo que eu já tenho.
E foi como se as tristezas de ontem não importassem mais. Assim como não me importa todas essas incertezas, todos os medos e toda contradição que habita em mim.
Percebi que eu sou o melhor que posso ser por mais que alguém, um dia, me diga o contrário. Tenho convicção em mim. Dou o meu melhor pros que estão comigo, caminhando junto. Prezo a sinceridade mesmo que nem sempre ela venha acompanhada de verdades. É que lido bem com mentiras sinceras. Não gosto mesmo dessa coisa da verdade doa a quem doer.
Às vezes as verdades são necessárias, nas outras vezes pode me poupar dela.
Isso me ocorreu enquanto eu ouvia Here Comes The Sun, o vento bagunçava meus cabelos e o sol, meio timido, nutria minha pele...
Acho que foi mesmo culpa da vitamina D esse meu excesso de otimismo. De que coisas boas vão surgindo, mesmo quando alguém magoa a gente ou magoamos alguém. Mesmo quando os planos não dão certo ou a realidade não supera as expectativas.
Na verdade, acredito eu, quando os planos se desfazem é porque coisas muito melhores o universo nos proporcionará.
O Sol sempre volta, sempre estará lá no dia seguinte, e se a gente também estiver, então esse é o encontro perfeito; o momento que a gente espera pra fazer tudo de novo. Pra ser melhor do que fomos ontem. Pra mudar, pra reavaliar, pra dizer tudo ao contrário, por quê não?
Eu tenho sonhos todos os dias, e quase todos os dias algum elemento novo é adicionado a eles. A minha alma pede novidade. E eu entendo que não seria nada do que sou sem os velhos sonhos. Então uni-los me parece a melhor forma de caminhar pra ser mais.