terça-feira, 13 de setembro de 2016

A gente tinha tudo pra ser igual, mas não deu...

Sabe quando as diferenças se evidenciam demais? Quando por mais que você queira levar aquilo adiante, por medo da dor de não ter mais ou só porque não tem nem porque dizer algo? Como se tudo já estivesse na cara? Como se o fim já estivesse ali? É assim com a gente. Eu tentei de todas as maneiras estar com você. Mas não de uma forma efêmera. Eu queria de um jeito profundo, de um jeito que havia muito tempo eu não queria algo. Eita que a vida traz umas coisas tão inesperadas e aí me confrontou  dessa maneira,  em que todas as certezas que eu gritava aos quatro cantos, de repente, são só teorias que, talvez, sejam possíveis se bem aplicadas. Uma loucura o que você me trouxe. E eu que nem olhava pra você, e você que nem me olhava. E você que continua não me olhando apesar de até me ver vez ou outra. É que você me vê mas não enxerga a grandeza do que eu senti. E aí aquelas diferenças ditas aqui, bem no comecinho, não conseguem mais se esconder. Eu sou tempestade. Eu quero levar tudo que tem ao meu redor. Eu quero falar. Eu quero gritar e você um tanto apático, até me olha quando eu faço isso, mas aí cê não me vê, não me ouve. É como se minha voz ficasse presa, mesmo comigo querendo gritar, e mesmo me enxergando sendo tão prolixa, dizendo coisas misturadas, discussões antigas, algo sobre prioridade, algo sobre eu não ser sua prioridade, e não, eu não sou, e eu não aceito nada menos que ser prioridade. E aí as palavras morrem antes de você me ouvir. Então deixa as diferenças tomarem conta, deixa a gente, ou eu, porque pra você foi sempre tanto faz, deixa eu entender que já não faz mesmo; não faz sentido algum querer estar contigo, mesmo querendo, é uma profunda vontade de não querer que fode todo o resto. Se é que há algum resto, e se tiver, é resto mesmo, aquilo que sobra, sabe? não restante, não algo que ainda pode caber em algum lugar de nós; não. Só o resto, aquilo que a gente joga fora sem nem questionar porquê. É só porque não cabe mais.
Não gosto de pensar em 'ses', eu prefiro o que tá acontecendo aqui e agora, mas se fosse pra você o mesmo que é pra mim, ou o que foi, ia ser legal, certeza, porque a gente tem qualquer coisa de um casal que daria certo, bem certo, mesmo sendo totalmente errados, e aqui também no sentido de não sermos nada "certos". Nós até conseguimos ver isso por um tempo, ainda que fosse na sua superficialidade que insistia em contrastar com a minha profundidade.
Olha aí como as diferenças se evidenciam.