quinta-feira, 30 de abril de 2015

Algumas coisas, mais que outras, rendem boas memórias

Queria escrever pra você e não sabia bem o que dizer. Pensei em começar pedindo desculpas, mas também não sabia exatamente porquê. Me ocorreu que se vou pedir desculpas tenho que citar os motivos, um deles ao menos, e aí percebi que não sou boa com palavras.
É, quando o assunto é você todos os significados ficam pendentes no ar esperando confirmação. Qualquer denominação, abreviação, extensão e derivados de palavras perdem o sentido. Eu que adoro definir as coisas, não consigo achar algo que represente, fielmente, o que você é pra mim. É que você é tanta coisa e às vezes é coisa nenhuma. Como naquela semana que a gente ficou sem se falar e você era só um borrão na minha mente,  ou quando a gente se falava todos os dias, sempre, 5 vezes como em um estranho esquema para nos fazermos presentes mesmo a distância; àquela sua viagem aproximou a gente né?
E aí você era os momentos do dia em que eu esperava pra falar contigo. Ou quando a gente não se largou por umas 72 horas no feriado de julho, lembra? Estranho, porque o feriado era só por 24 horas, acho que a gente inventou algum outro pra não ter que ir embora... Ali você era eu. Não tinha como definir algo que estava tão em mim, como você estava.
Voltando às Desculpas,  desisti. Elas não fariam sentido.
Aí pensei em começar dizendo que melhorei o meu inglês, que tô pensando em viajar; e que talvez passe por aqueles lugares que planejamos. Ia pedir aquele roteiro que você fez. Não seria exatamente uma desculpinha, é verdade. Preciso mesmo do roteiro. Você era o organizado do lugar. Ta tudo uma bagunça agora. Mas achei que você poderia interpretar como um convite pra irmos juntos. E sério, não é a intenção. Ainda preciso de um tempo só. Tempo pra ser eu e pra dar errado se for o caso. 
Agora cabe as desculpas. Já escrevi tanto e não disse o porquê de te escrever. A verdade é que não precisa de um motivo, a menos que ele esteja tão claro quanto os dias ficam, logo cedo, nas manhãs de fevereiro.  
Tomara que ainda se lembre dessas manhãs, assim nem vai precisar me escrever perguntado o motivo...
Mas escreva ok!?

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Deixa essas cartas na mesa e espera que o amor vem, com sorte, sem fazer jogo.

É que vez ou outra a gente para e pensa no quão miseráveis podemos ser; mendigando o amor de quem não tem pra dar. De quem provavelmente é tão mendigo quanto a gente, e que espera, talvez, sem certeza, receber o amor de outro.
Isso é mesmo um círculo vicioso não? Percebe como o poema faz sentido? Do fulano que amava o ciclano e que amava beltrano que não amava ninguém? Dizem que o amor é um jogo de sorte, eu arriscaria dizer que é um jogo de azar. Se você conseguir driblar todo o peso de senti-lo e conseguir ainda direcioná-lo à pessoa certa, aí você terá enganado o adversário. Plano miraculoso esse...
É só para quem tem audácia e sabe se portar. Aí pode ir à forra , quebrar a banca e mostrar que no amor melhor jogador não há.
Ah, um dia eu convenço esse meu coração que não vale a pena jogar, a não ser que ele tenha uma carta na manga... Que tenha cacife pra bancar a vitória. Mas ele nunca tem. Ou talvez não a use. Tem medo de se perder também. Medo do azar vir através do amor recíproco.
É, pode acontecer...
A gente encontrar alguém que seja tão difícil de amar quanto de deixar. E olha a sorte virando azar, e nossa vida virando de cabeça para baixo...
Ah, coração! Deixa isso pra depois, que agora  estamos ocupados demais. Tem muita gente aqui. Amores diferentes, todos querendo atenção. Todos esperando um pouquinho do que a gente pode dar.
Sossega! Esse amor que você espera pode nunca chegar ou talvez chegue amanhã.

quarta-feira, 22 de abril de 2015

Dissertando sobre conquistas e nós

Em um papo meio sem propósito com um amigo, acabamos caindo naquela infindável conversa sobre relacionamentos e as muitas artimanhas que alguns usam para conseguir o que quer ou quem quer.
Eis que meu amigo declara ser adepto desses "joguinhos" quando quer conquistar alguém. Aí penso -- Pô, eu sou sempre do contra? -- E lá vamos nós discutir sobre o assunto, discussão essa que não nos levou muito longe, mas nos rendeu boas risadas. Como sempre.
Meu amigo disse que se você mandou a mensagem da última vez, espere a pessoa agora. Não ligue. Dê um gelo, seja indiferente e coisas do gênero... Eu, por outro lado, sou toda momento. Fico puta quando tenho que ficar e deixo a pessoa perceber. Longe de mim querer fingir que não ligo. Aliás, se quero ligar, eu ligo e não invento desculpa, faço e pronto. Com frequência me arrependo, mas já fiz, nunca vou questionar o que teria sido se fizesse...
Mando mensagem se quiser falar com a pessoa em questão e não me atenho a esses jogos, embora saiba que eles tenham sua eficiência.
Porque, cá entre nós, é perder muito tempo e muita chance de ser feliz agora   ou  de deixar a fila andar né? Quem não se decide não tem vez comigo. Quem faz jogo menos ainda. É que eu me canso fácil e perco o foco.
Aí meu amigo disse que sou sadomasoquista. Eu rio e penso que, provavelmente, ele tenha razão...
Prefiro sofrer logo, me decepcionar logo e deixar de lado logo. Essas são as minhas etapas de recomeço.
E, como aconteceu a conversa toda, ele, meu amigo,  gargalha e diz que vai me ensinar uns truques...
Eu dispenso os truques mas fortalecemos a amizade.

segunda-feira, 20 de abril de 2015

É que algumas pessoas não chegam pra ficar e insistir no antigo é pra quem tem medo do novo

Sim, houve dias que eu senti tanto sua falta. Uns mais que outros, mas em todos eles você estava presente. Eu não sabia o que fazer com a sua ausência que insistia em encher meu peito de saudades. 
Queria saber se você tinha feito o que queria da vida, se continuava lindo quando sorria; aquele seu sorriso de lado que tinha o poder de me fazer obediente. Se continuava usando piercing ou se já tinha feito aquela tatuagem que vivia falando em fazer.
Você era tão imprevisível, tão irresistivelmente charmoso ( para o meu desespero) e sabia me deixar em transe. Com você era como descobrir alguém novo todos os dias. Tá, isso me irritava, mas na mesma medida me excitava e me desafiava a querer te decifrar. Sempre fui boa com desafios, mas você insistia em não dizer...
Não dizia se estava apaixonado ou o quanto eu era importante. Insistia em me fazer ciúme,e eu já havia lhe dito: não-lido-bem-com-ciúme,então fui me afastando, porque sei que fico insuportável ciumenta.

Será que foi esse o motivo? 

Acho que sim. Acho não, certeza que foi. Havia uns dois ou três outros motivos...

Eu sei...

O seu jeito de deixar pra lá foi me tirando o encanto, o interesse, o tesão e por fim a vontade de te ver, de falar contigo. E seja lá o que tivemos foi ficando sem espaço em minha vida. 
Mas mesmo longe a chama continuava acesa e ardia e machucava. Queimando meu corpo e coração. E foram meses tão longos. Até que assim, meio sem querer, dia desses, alguém conseguiu aplacar esse fogo. Ele foi cessando e já não arde mais. 
Ainda resta algo de nós em mim, talvez porque eu seja egoísta demais pra te deixar ir de vez, mas isso não me incomoda mais. Não me importa mais. Não me impede de viver. 
E te vendo aqui, na minha frente, falando coisas que eu daria tudo pra ter ouvido antes, não fico feliz, ao contrário, me entristeço em dizer que não e talvez isso soe ríspido ou cruel mas é só verdade - escuta, eu não quero mais você- Percebi que não era amor. Era paixão. 
Agora é só vontade. E vontade não é suficiente pra nos juntar. Ela passa.


terça-feira, 14 de abril de 2015

Porque tem beijo que muda a gente

Se tem uma coisa que faz a gente sair do chão é um beijo bem dado. E aquela garota tinha a boca que pedia, implorava pra ser beijada. Ela fingia não saber e ele fingia não querer.
Por sorte ou não, eles se cruzaram um dia, conversaram e sem saber exatamente como, o beijo aconteceu.

Aquele beijo era o prelúdio do que viria depois e eles sabiam que a noite prometia.

Ela estava  preparada para se decepcionar com o beijo, e ele sabia só de olhar pra ela que seria o melhor de todos os beijos ja trocado.

Ela errou, ele acertou. Os lábios se encaixaram e se moviam no mesmo ritmo. Primeiro lento, depois com mais urgência e por fim eles estavam totalmente submersos em outro lugar, qualquer que fosse, não importava, nada mais parecia existir. Ficaram assim pelo que pareceu uma eternidade, e ainda não fora suficiente...

Ela pensou: Esse é o começo do meu fim. 
Ele disse: Finalmente estou começando.

segunda-feira, 13 de abril de 2015

Não siga o manual, quebre as regras

Falar de amor e, mais que isso, de todo o tipo de relação ainda me deixa apreensiva, porque eu sou falha nisso, acho que todos somos, uns mais que outros, e esse é o meu caso; mas vamos focar aqui na quantidade de ensinamentos para viver os nossos amores. Falo disso porque vejo tantas pessoas que deveriam fazer o que querem  e não fazem por medo apenas. E o medo não permite que a gente ouse. E a vida deveria ser "Ousadia e Alegria", como diz o Thiaguinho. Rs.

 A gente lê tanta coisa, tantas dicas, e lançam tantos filmes e livros que de alguma forma pretendem nos ensinar como viver uma relação; sem contar os amigos, e às vezes os conhecidos também, que cismam em passar suas experiências para que nós façamos diferente. 
Se vocês leram até aqui, vão perceber que esse texto também traz em suas linhas conselhos ou a falta deles para essa arte tão importante, que é a de se relacionar com alguém ou mais.

Todo relacionamento tem como base a forma de se relacionar, mas convenhamos, a forma é o jeito de cada um, então por quê seguimos as formas de outras pessoas? A receita pronta... Aquela que vai fazer seu casamento, namoro, rolo, pegação ou belisco ( como diz uma amiga) dar certo? 
Sim, seguimos. Porque precisamos saber que não estamos fazendo errado, e pedimos conselhos para não sermos totalmente culpados por nossos fracassos. Não raras às vezes sabemos exatamente o que fazer e a hora de fazer, mas não fazemos porque não foi assim que aquele guia fantástico de "como conquistar o seu homem ou de como enlouquecer uma mulher" nos ensinou. 

É muita regra a seguir pra algo que não tem regras.
O amor não tem regras; e não deveria ter medos também.
Só devemos algo a nós mesmos. Desculpe aos que pensam o contrário.

Ele pode ser romântico, pode ser louco, ela pode ser pegajosa e ciumenta ( tudo que não devemos ser para dar certo com alguém), e ainda assim se entenderem de um jeito absurdamente lindo.
Porque cada um tem suas preferências, e cada outro tem, em meio aos seus defeitos, algo que vai encantar e conquistar o coração do um. 

As pessoas gostam do que não é esperado. 

Simples assim. Como deve ser.