Nos dias de dor em que a gente se sente fragilizado e parece que nada do que nos digam, ou o que as pessoas queridas façam por nós, cause qualquer efeito sobre essa dor. Nesses dias as lagrimas rolam sem parar pelo nosso rosto e a gente vai se perdendo, esquecendo quem somos ou quantas coisas já passamos e superamos até chegar ali, onde após um período de felicidade, que nunca parece longo o bastante, nos deparamos novamente com a tristeza, com os problemas que achamos não ter solução e com aquela conhecida vontade de fugir pra dentro da gente mesmo. Mas de repente resgatamos também uma força, de qualquer lugar que não sabemos onde fica exatamente, e nos lembramos que a dor vai passar, que tudo muda, que a vida flui e que as situações, sejam elas boas ou ruins, também se transformam. Sempre!
Aí chegam os dias em que a visão vai clareando, dias em que as lágrimas já não estão presentes todo o tempo; elas aparecem vez ou outra, mas se secam tão logo chegam. Aqui a gente vai entendendo que é hora de florescer, que a chuva passou e que os primeiros brotos estão crescendo, ainda tímidos, ainda precisando de cuidados para desabrocharem e se tornarem lindas e coloridas flores. A vida é uma eterna mudança de estações.
As vezes nos perdemos no nosso próprio mundo de problemas, que nem ao menos sabemos quando foi que entramos.
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